domingo, 30 de agosto de 2009
terça-feira, 21 de julho de 2009
Mme. Vautrin e Aliena Ivanovna
domingo, 19 de julho de 2009
Morto um dia a mais
quinta-feira, 25 de junho de 2009
Liz Taylor está consternada para comentar algo sobre a morte do seu grande amigo.
Liz Taylor -- 'Too Devastated' to Comment
Posted Jun 25th 2009 8:46PM by TMZ Staff
TMZ has just heard from Elizabeth Taylor's people who tell us:
"Dame Elizabeth Taylor is too devastated by the passing of her dear friend Michael Jackson to issue a statement at this time."
Taylor, who was a close and dear friend to Jackson for several years, was the one who dubbed him the "King of Pop."
Michael Jackson morreu hoje, 25 de junho de 2009
Liz Taylor "Too Devastated" to Comment on Jackson's Death; Liza Minelli, Brooke Shields React
Today 5:32 PM PDT by NATALIE FINN
sexta-feira, 12 de junho de 2009
E ela falou com a dor de quem caminha sonhando
Eu falei e era sonâmbulo e estava cheio de confusão,
Sim, pois ela usava óculos escuros e via tudo
aquilo fora do tempo
e a praia, ela de chapéu e de óculos escuros e um vestido esvoaçante
Mas que fantasia encher-se de Fantasia e de Mitos, Olá
Minha Rainha decadente e fale mais
Eu dormia e ela caminhava, eu acordei e ela caminhava com a
contemplação
Pois ela era ela um dia, num dia de chuva fina, bem fina,
E eu dizia a mim mesmo por que ela não seria ela
E ela entendeu e caminhava sangrando e com muita vontade
de muitas coisas da realidade daquela chuva
E um vento fininho que cortava me fez pensar de novo e eu dormi na areia
da praia dela, era a umidade da sua pele
E um negro tão negro de olhos cansados de olhar e a chuva
Eu entendi que era o perigo de me aproximar de uma Rainha
Eu entendi e pedi ouça mas ela era ela e eu Eu
com sombras de sonhos e de erotismo de ser Eu com absoluto rancor
Pois eu a temia e temia seu olho de negrume e de Poesia escancarada,
Ela sentou-se e como se tivesse partido sem me ver
Sentou-se calma e banhou-se toda, até o perfume da sua magia
De indestrutível ela alcançou-se e sem ver o mar
Abriu um livro e eu era tão ou mais cega do que ela poderia ser
Ela leu calmamente um discurso de si mesma
E contou-se a sua história
Que era de rumores e murmúrios e brumas
Era o mistério
Eu sonhei e acordei e ela passou sem pisar na areia
Ela, eu, a água que não parava,
Pois depois da imobilidade vinha ela com sua fantasmagoria que eu diria
Improvisada, feita por ser feita, feita para fazer-me
Eu a fiz e ela me fez. Adeus, Rainha, tende Piedade.
Eu te quis assim, Branca, e o frescor me deduziu
Eu deduzi-a e vi que tudo é Dor
Ela foi-se sem se despedir.
quinta-feira, 11 de junho de 2009
terça-feira, 9 de junho de 2009
Connie Stevens, década de 50.
Connie Stevens foi um ícone das baladas românticas americanas dos anos 60. Atualmente é muito admirada pelo grande cineasta DAVID LYNCH, que utiliza músicas suas em seus principais filmes, como ¨Cidade dos Sonhos¨ e Inland Empire, o que causa uma sensação vertiginosa que seria simplório pensar que é uma sátira, partindo desse portentoso artista. Há uma espécie de inocência em suas melodias, além de profundo saudosismo. Posto essa imagem e o video dessa grande cantora e atriz em homenagem à minha avó, que dela muito gostava.
sábado, 6 de junho de 2009
Julia Kristeva, entrevista de 1990
Trecho da entrevista com Julia Kristeva
Fernando Eichenberg
Julia Kristeva, psicanalista, 1999A senhora acredita que a melancolia ganha espaço na sociedade? Que a vontade de transcender está sendo esquecida, ou que se aceita facilmente a idéia de falsa transcendência?
Há uma depressão no ar. Quando voltam de férias, a maioria dos pacientes ou mesmo de colegas que encontro na faculdade revela esse abatimento, que não corresponde à situação econômica, à vida social, que têm melhorado. Tenho o sentimento de que, ao lado dessa depressão, que se generaliza, há um movimento que defini há pouco como maníaco, ou seja, a correria em direção à religião, à cientologia, às religiões budistas. Há um retorno da religião. Tenho a impressão de que a maioria das pessoas sente que essa busca transcendental é limitada e arcaica. A solução não está nem na depressão nem na fuga em direção a um novo ídolo, mas na atenção a cada um. Ajudar cada um a viver melhor, sem passar pelo egocentrismo. É, finalmente, o que se chama de direitos humanos, uma metamorfose laica do respeito ao outro que o monoteísmo começou.
Muito se tem buscado relacionar, na psicanálise contemporânea, a morte das utopias com uma espécie de angústia e neurose que refletiria a ausência de alternativas para o tal sistema. As dores humanas que realmente contam não serão sempre as mesmas, não importa o sistema em que viva o ser humano?
Você talvez tenha razão. Mas me parece que nossa vocação, como analistas, é de tentar ver as variantes desse sofrimento eterno, e tentar responder a suas particularidades. No meu livro As novas doenças da alma tentei mostrar ao menos três elementos que me pareceram novos, mas que convergem todos para algo que está em causa hoje. O primeiro é a capacidade de representar: todas as doenças da alma que vemos hoje têm origem no fato de que aquele que sofre dá a impressão de não ter mais aparelho psíquico, ou que esse aparelho está em dificuldade. Por exemplo, você tem uma dor. Antes você podia fazer uma representação, dizer de onde vem, contar a sua mãe, sua mulher, seu amigo, enfim, tentar mentalizar. Hoje a capacidade de mentalização está reduzida. Por quê? Será por que a cultura verbal se empobreceu? Será por que a família e os amigos não estão presentes, a comunicação foi reduzida? Essa câmara obscura que é o aparelho psíquico - que faz com que o sofrimento físico seja representado nas palavras, na comunicação, no aparelho mental, no nosso cinema privado - está em sofrimento. O que acontece quando ele sofre? Eu somatizo. Tenho muito mais dores estomacais, e o médico não encontra nada. É preciso dar o passo, encontrar forças, e falar a um analista, para reconstituir essa câmara obscura. As doenças psicossomáticas aumentaram. O segundo elemento é a passagem ao ato, ao vandalismo sem freios: quando tenho um impulso, eu vou em frente. A terceira doença da alma moderna é a toxicomania, também relacionada a essa ausência de representação. Esses três aspectos levam os analistas a fazer da análise um verdadeiro renascimento psíquico. É quase um transplante do aparelho psíquico: construir uma linguagem e a confiança no outro, para poder representar. É um trabalho enorme, mas é talvez a forma moderna do sagrado.
Entre Aspas - Diálogos Contemporâneos, de Fernando Eichenberg, Editora Globo.
sábado, 23 de maio de 2009
Discurso de Marthin Luther King
I am happy to join with you today in what will go down in history as the greatest demonstration for freedom in the history of our nation.
Five score years ago, a great American, in whose symbolic shadow we stand today, signed the Emancipation Proclamation. This momentous decree came as a great beacon light of hope to millions of Negro slaves who had been seared in the flames of withering injustice. It came as a joyous daybreak to end the long night of their captivity.
But one hundred years later, the Negro still is not free. One hundred years later, the life of the Negro is still sadly crippled by the manacles of segregation and the chains of discrimination. One hundred years later, the Negro lives on a lonely island of poverty in the midst of a vast ocean of material prosperity. One hundred years later, the Negro is still languished in the corners of American society and finds himself an exile in his own land. And so we've come here today to dramatize a shameful condition.
In a sense we've come to our nation's capital to cash a check. When the architects of our republic wrote the magnificent words of the Constitution and the Declaration of Independence, they were signing a promissory note to which every American was to fall heir. This note was a promise that all men, yes, black men as well as white men, would be guaranteed the "unalienable Rights" of "Life, Liberty and the pursuit of Happiness." It is obvious today that America has defaulted on this promissory note, insofar as her citizens of color are concerned. Instead of honoring this sacred obligation, America has given the Negro people a bad check, a check which has come back marked "insufficient funds."
But we refuse to believe that the bank of justice is bankrupt. We refuse to believe that there are insufficient funds in the great vaults of opportunity of this nation. And so, we've come to cash this check, a check that will give us upon demand the riches of freedom and the security of justice.
We have also come to this hallowed spot to remind America of the fierce urgency of Now. This is no time to engage in the luxury of cooling off or to take the tranquilizing drug of gradualism. Now is the time to make real the promises of democracy. Now is the time to rise from the dark and desolate valley of segregation to the sunlit path of racial justice. Now is the time to lift our nation from the quicksands of racial injustice to the solid rock of brotherhood. Now is the time to make justice a reality for all of God's children.
It would be fatal for the nation to overlook the urgency of the moment. This sweltering summer of the Negro's legitimate discontent will not pass until there is an invigorating autumn of freedom and equality. Nineteen sixty-three is not an end, but a beginning. And those who hope that the Negro needed to blow off steam and will now be content will have a rude awakening if the nation returns to business as usual. And there will be neither rest nor tranquility in America until the Negro is granted his citizenship rights. The whirlwinds of revolt will continue to shake the foundations of our nation until the bright day of justice emerges.
But there is something that I must say to my people, who stand on the warm threshold which leads into the palace of justice: In the process of gaining our rightful place, we must not be guilty of wrongful deeds. Let us not seek to satisfy our thirst for freedom by drinking from the cup of bitterness and hatred. We must forever conduct our struggle on the high plane of dignity and discipline. We must not allow our creative protest to degenerate into physical violence. Again and again, we must rise to the majestic heights of meeting physical force with soul force.
The marvelous new militancy which has engulfed the Negro community must not lead us to a distrust of all white people, for many of our white brothers, as evidenced by their presence here today, have come to realize that their destiny is tied up with our destiny. And they have come to realize that their freedom is inextricably bound to our freedom.
We cannot walk alone.
And as we walk, we must make the pledge that we shall always march ahead.
We cannot turn back.
There are those who are asking the devotees of civil rights, "When will you be satisfied?" We can never be satisfied as long as the Negro is the victim of the unspeakable horrors of police brutality. We can never be satisfied as long as our bodies, heavy with the fatigue of travel, cannot gain lodging in the motels of the highways and the hotels of the cities. We cannot be satisfied as long as a Negro in Mississippi cannot vote and a Negro in New York believes he has nothing for which to vote. No, no, we are not satisfied, and we will not be satisfied until "justice rolls down like waters, and righteousness like a mighty stream."¹
I am not unmindful that some of you have come here out of great trials and tribulations. Some of you have come fresh from narrow jail cells. And some of you have come from areas where your quest -- quest for freedom left you battered by the storms of persecution and staggered by the winds of police brutality. You have been the veterans of creative suffering. Continue to work with the faith that unearned suffering is redemptive. Go back to Mississippi, go back to Alabama, go back to South Carolina, go back to Georgia, go back to Louisiana, go back to the slums and ghettos of our northern cities, knowing that somehow this situation can and will be changed.
Let us not wallow in the valley of despair, I say to you today, my friends.
And so even though we face the difficulties of today and tomorrow, I still have a dream. It is a dream deeply rooted in the American dream.
I have a dream that one day this nation will rise up and live out the true meaning of its creed: "We hold these truths to be self-evident, that all men are created equal."
I have a dream that one day on the red hills of Georgia, the sons of former slaves and the sons of former slave owners will be able to sit down together at the table of brotherhood.
I have a dream that one day even the state of Mississippi, a state sweltering with the heat of injustice, sweltering with the heat of oppression, will be transformed into an oasis of freedom and justice.
I have a dream that my four little children will one day live in a nation where they will not be judged by the color of their skin but by the content of their character.
I have a dream today!
I have a dream that one day, down in Alabama, with its vicious racists, with its governor having his lips dripping with the words of "interposition" and "nullification" -- one day right there in Alabama little black boys and black girls will be able to join hands with little white boys and white girls as sisters and brothers.
I have a dream today!
I have a dream that one day every valley shall be exalted, and every hill and mountain shall be made low, the rough places will be made plain, and the crooked places will be made straight; "and the glory of the Lord shall be revealed and all flesh shall see it together."²
This is our hope, and this is the faith that I go back to the South with.
With this faith, we will be able to hew out of the mountain of despair a stone of hope. With this faith, we will be able to transform the jangling discords of our nation into a beautiful symphony of brotherhood. With this faith, we will be able to work together, to pray together, to struggle together, to go to jail together, to stand up for freedom together, knowing that we will be free one day.
And this will be the day -- this will be the day when all of God's children will be able to sing with new meaning:
My country 'tis of thee, sweet land of liberty, of thee I sing.
Land where my fathers died, land of the Pilgrim's pride,
From every mountainside, let freedom ring!
And if America is to be a great nation, this must become true.
sábado, 16 de maio de 2009
Limites
Um mendigo, um preso condenado por um Homicídio, p.ex. amiude é mais feliz do que um sujeito preocupado com a vaidade. O poder de adaptar-se não é prerrogativa de qualquer um, é um apanagio de vivências miseráveis para quem assim quer ver. Fernando Pessoa escreveu em Tabacaria que há muitos loucos com suas certezas. Ele não tinha certeza alguma. O Louco sabe que não está pensando num sistema cartesianamente entendido como lógico, tem certezas que não são certezas. O louco sustenta seu processo na miragem da afirmação certa, mas sabendo, reitero, como Homem que é, que não há o Absoluto; numa personalidade dita cindida pode-se experimentar uma aura que traz toda felicidade e toda dor do microcosmo insistente do corpo, o grito da epilepsia é um dos fenômenos mais bestiais que já presenciei. Senti medo mas não seria digno para desmanchar o que não tenho consistente, que é o que eu chamaria de minha Personalidade. Suporto que a Parte nada tem que ver com o Todo, puras figuras de linguagem para suprir uma ignorância vital. O que fazer para abdicar-mos do Tempo? Isso seria Mitologia e também um contraponto de uma Nobreza decaída. Tudo são dores intensas. Abandonar-se é um ponto lúdico da Consciência da Finitude. A Crença é seu suporte bastante erudito, amiude e também seu tendão de Aquiles.
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Acreditar, olhar, conhecer
quinta-feira, 30 de abril de 2009
domingo, 19 de abril de 2009
Um Mùsico EXISTINDO
sábado, 11 de abril de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
O Submarino
sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009
Norma Couto do Carmo (01-04-1930_18-02-2009)
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
Poema sem leitor
quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Dor
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
UNDERGROUND, texto do Pasquim, set. de 1970, Luiz Carlos Maciel
quarta-feira, 28 de janeiro de 2009
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Brigitte Bardot , música de 1978(!), do poeta e compositor Tom Zé
LÚCIO CARDOSO (1912-1968), O ESCRITOR DA MISÉRIA HUMANA.
segunda-feira, 26 de janeiro de 2009
Temática do sofrimento, da dor, da intoxicação, do suicídio.
domingo, 25 de janeiro de 2009
Entrevista com NICO (sobre assuntos ¨psicodélicos¨)
Interessantíssima entrevista com NICO, pouco tempo antes de falecer. Mulher versada em Literatura (essa alemã falava também mais de 6 idiomas); Música; Teatro; Cinema e Drogas, muitas Drogas. ¨Há quanto tempo vc usa esses ´estímulos para a criação´[LSD e outras coisas]. Ela:¨ Creio que há uns 2000 anos...[não ri nesse momento]. (...) Ela, ainda: ¨Eu acho que todos no Mundo querem usar LSD¨. ¨Todos?¨. Ela: ¨Sim, claro(...)¨. Mulher magnífica. Grande atriz em LA Dolce Vita, seu primeiro filme (Fellini), musa dos cineastas Philippe Garrel, que tinha somente 21 anos quando fez o radical e existencial ¨La Cicatrice Interieur¨, e de Andy Wohrol, que a venerava.
Musas suicidas
sábado, 24 de janeiro de 2009
Alguns esclarecimentos
Música de Câmara (texto meu escrito em 2001)
Algo assim, como meus olhos observando toda a fumaça fosca a seu redor, você prestes a saltar, com o nariz ligeiramente inclinado, olhos amargos, olhos condolentes.
Minhas condolências, meu caro senhor. Ela usava algo como um /´prêt à porter`. Mergulho minha visão sobre você. Onde estará você?
Com dois homens, de pernas abertas. Você não estaria contando estórias da carochinha.
Peguei o ônibus na rua Conde de Bonfim. Havia uma crioula no último dia que só dizia: ¨merda, merda¨. O nome do livro era ¨Orgulho e Preconceito¨ e custara-me 1 real. Pessoas circulando, perambulando, manchando as ruas com suas sacolas, com bijouterias nos braços, com sorrisos altos. Havia uma mulher de saltos altos, me olhava, tende piedade, tende piedade, rogo-lhe, não me rogue mais pragas. Estava olhando para o poste da esquina e dizendo com o olar :¨deixe-me viver, deixe-me viver¨, sim, deixe-me sofrer mas sobretudo deixe-me viver. Sentia-me num quarto apertado e ouvia como o miado de um gato: ¨merda, merda¨.
Prestes a saltar, sentia-se pesada como um homem, com a indiferença cerrando-lhe os lábios e os olhos. Tome-me, leve-me e sinta a umidade. Uma vagina refrescante, seu hálito de primavera, sua suavidade de verão, seria tudo muito vulgar se não fosse minha vontade, meu afã, minha volúpia sincera, tome-me e possua-me mas, por favor, depois relate tudo ao redator-chefe, suas crônicas estonteantes como uma ciranda, não, minhas idéias sempre minhas mas tresloucadas, sua sobriedade medíocre, matemática e... sou como num sonho. Quero-me agora.
Vestia ceroulas, era ainda um pequeno e pueril rapazote.
Mancebo, venha cá, mas que p. é essa?
Ouvia o som da harpa como ouvia o som do cravo, ou seja, com uma imensa necessidade. Queria se apossar da mecânic do som, queria ser um marujo e sentir a vibração do oceano. Mergulharia nos sons de muitos úteros.
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
NINA SIMONE CANTA O AMOR INSPIRADA NA MÚSICA ¨FEELINGS¨, 1976
Nina Simone "Feelings" (Montreux Jazz Festival)
Nina Simone conseguiu nesse video atingir um momento em que a Arte se revela em sua plenitude, na medida em que há, do princípio ao fim, um tão grande fator PERSUASIVO em sua interpretação, ou antes uma entrega de si aos sentimento mesmo do momento, através de improvisos guiados por uma forte intenção de se expressar, e de fazê-lo, é claro, de modo honesto consigo própria, com suas doress, seu amor, seus sentimentos mais profundos de amor. Ao fingir que esquece a letra da música ela finge, de fato? Ela diz após que como regra faria como que o sentimento (feeling) de amor tentasse ser esquecido, como diz a letra (try to forget all feelings of love).Ela vive a música, mas amplia esse Universo ao criar uma performance ináudita dessa música tão tocada nos anos 60 e 70, como uma bonita balada romântica. Nina não é romântica nesse sentido, um sentido que mais se aproximaria do sentimental, mas canta um amor sofrido, coloca-o quase num lugar de ¨energética¨ (o momento em que toca com a mão esquerda e a direita vai fazendo gestos de chamado no ar é de transe, digamos. Essa maravilhosa pianista da Juilliard School tem uma técnica pianística perfeita e uma criação não menos provida de um talento e prolificidade indizíveis. Ao final ela deixa-se falar pelo sentimento de genuíno amor, um amor de que não se sabe a natureza; é bem interessante que ela troca a palavra arms por heart e afasta bem o teor original de uma melodia bonita mas simplória de exaltação a uma mulher perdida; com Nina o que importa é o amor puro, por assim dizer. Ela pára, comenta sobre como uma pessoa, uma circunstância criou uma condição para alguém compôr uma música como aquela; não se contém e termina a apresentação numa forma como nunca testemunhei semelhante. Há o momento do improviso ao piano, bem triste, ao que começa seu improviso com a Fala, após pedir ¨LET US HEAR THE CLEMENCE!¨ declamando por palavras fortes e sinceras que não importa nada que o amor prevalescerá (HEAR IN MY HEART/YOU´LL ALWAYS STAY HEAR IN MY HEART/NO MATTER WHAT A WORDS MAY SAY, YOU´LL STAY HEAR IN MY HEART/ NO MATTER WHAT A DAY,YOU´LL STAY HEAR IN MY HEART/NO MATTER WHAT THEY COMPOSE OR DO, NO MATTER WHAT THE DRUGS MAY DO, A SONGS MAY DO, A PEOPLE MAY DO/ ALWAYS SHE WILL DO TO YOU...I WILL ALWAYS HAVE MY FEELINGS, NOTHING CAN´T DESTROY IT(...). Em ¨transe¨, depois de aplaudida, solta toda sua dor num gemido, que é ao mesmo tmpo uma dedicatória ¨FOR YOU¨. Curiosamente, depois de toda essa miscelânia que forma essa obra maravilhosa que faz mais jus do que qualquer outra ao seu título, ela cria um final de teor tipicamente clássico, refiro-me ao estilo, com aqueles acordes que se encadeiam, contrapondo-se a frontalmente ao Romântico. GENIAL, GRANDE MOMENTO NA ARTE!
PERGUNTAS E RESPOSTAS
Dalida - AVEC LE TEMPS (rare)
Video que me foi hoje indicado por uma pessoa de espírito, apesar de parecer antes circunspecto que espirituoso; mas alguém com um refinado espírito artístico e senso poético. Quando assisti a esse video um Mundo descortinou-se para mim. ¨ Avec le temps, va, tout s´en va, on oublie le visage et l´on oublie la voix/ le coeur quand ça bat plus, c´est pas la peine d´aller chercher plus loin, faut laisser faire et c´est très bien, avec le temps, va, tout s´en va, l´autre qu´on adorait, qu´on charchait sous la pluie, l´autre qu´on deninait au détou d´un regard entre les mots, entre les lignes,et sous le fard d´un sermant maquillé qui sén va faire sa nuit; avec le temps, tou va s´evanouit...